Artesanato Brasileiro – 2019

Entre tantas más notícias para a cultura e a educação no país tem alguma coisa boa rolando?
No dia do artesão – 19 de março – boas notícias para o segmento.
No dia 19 de março passado – Dia do Artesão – além de se comemorar essa expressiva produção foi momento para refletir sobre o futuro do artesanato no Brasil. Recentemente o setor ganhou do poder público e da sociedade civil instrumentos para dar mais velocidade ao fazer do artesão. A atividade do artesanato está presente em 80% dos municípios brasileiros segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. E agora está sendo realizado um mapeamento dessa cadeia produtiva para entender o tamanho e a importância da atividade de norte a sul do país.
Jorge Edson Garcia, coordenador de Formação Técnica, Gestão e Produção da Secretaria de Economia Criativa da Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania tem assento no Conselho Setorial de Artesanato e participou ao lado da sociedade civil da construção do Plano Setorial de Artesanato 2016 – 2025. Viu também ser sancionada a Lei 13.180/2015, que institui a profissão de artesão no Brasil (legislação que aguarda regulamentação no Congresso Nacional). “São dois importantes marcos regulatórios vitoriosos para essa classe de trabalhadores, em maioria formada por mulheres”, segundo Garcia.
O Plano Setorial de Artesanato engloba tanto o artesanato tradicional, passado de geração em geração, quanto o de manufatura mais contemporânea. Embora tido como um documento que a maior parte dos artesãos não conhece ele é o resultado de consulta pública de 45 dias que teve mais de 200 contribuições, estabelecendo seis eixos que estruturam crescimento a partir de objetivos e metas para valorização da atividade em desenvolvimento sustentável.
Outra importante organização – criada há 20 anos – a Artesol é testemunha de toda a transformação que o setor do artesanato vem tendo. Viu a atividade ganhar atenção do poder público brasileiro a partir dos anos 2000, quando os modos de saber e de fazer foram reconhecidos como patrimônio imaterial por meio da criação do Registro e do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O órgão, vinculado ao Ministério da Cidadania, juridicamente identifica, reconhece, salvaguarda e promove os saberes e fazeres de artesãos. Outra iniciativa foi a valorização de mestres no Prêmio Culturas Populares, da Secretaria Especial da Cultura, que teve, até o momento, seis edições, homenageando e premiando mestres como a ceramista e bonequeira dona Izabel (1924-2014), do Vale do Jequitinhonha (MG), e Severino Vitalino (1940-2019), do Alto do Moura (PE). Jô Masson que é Coordenadora-executiva da Artesol recorda-se do momento em que seus agentes chegaram às comunidades e testemunharam um contexto de pobreza e de isolamento em contraste com a riqueza de técnicas e conhecimento dos moradores dessas localidades. “Havia um grande potencial para a geração de renda, mas, para isso, era necessário trabalhar a qualificação dos artesãos, adequar a produção para a lógica de mercado, fazer um trabalho focado na comercialização e, principalmente, promover a valorização dos artesãos e do objeto artesanal”. Ela destaca o papel da Secretaria Especial da Cultura como uma das protagonistas dessa virada de mesa.
E você que faz artesanato conhece todas essas possibilidades? Vou deixar na descrição do vídeo links importantes para vc saber mais e desenvolver a sua atividade em sua cidade.

Plano Setorial do Artesanato
▶ http://pnc.cultura.gov.br/wp-content/uploads/sites/16/2017/07/Plano-Setorial-de-Artesanato-completo-2017..pdf

Artesol
▶ http://www.artesol.org.br/

Base Conceitual do Artesanato Brasileiro
▶ https://docplayer.com.br/7335-Base-conceitual-do-artesanato-brasileiro.html

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