Festival de Inverno no Verão? Pode?
Festival de Inverno no Verão? Pode?
Acho que devido a pandemia está mesmo tudo trocado!
Fica comigo!
Segundo o site DOMTOTAL e Agência Estado o tradicional Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão está sendo adiado para janeiro.
A 51a edição do Festival que deveria acontecer em julho de 2020 será realizado entre os dias 2 e 31 de janeiro de 2021. O nome não muda e toda a programação deverá seguir o que foi previsto com um eixo clássico e outro popular-sinfônico com a participação da Jazz Sinfônica. O orçamento será mantido e é de cerca de 5.6 milhões de reais.
Claro que a edição de 2021 no tradicional mês de julho será mantida.
Toda a parte pedagógica que tinha sido remanejada para a cidade de SP para diminuir custos volta a acontecer em Campos do Jordão.
E todos os outros eventos que a Secretaria de Cultura e Economia Criativa havia previsto para acontecer no segundo semestre de 2020 deverão acontecer de forma digital. Entre eles a São Paulo Gastronomia, a Festa do Imigrante e as viradas culturais estaduais. Somente o Festival de Campos de Jordão será presencial e em 2021.
Para a programação do festival estão previstos 110 concertos em sete palcos – incluindo um novo auditório do Parque Capivari, que passou a ser administrado pela iniciativa privada. 80% das apresentações serão gratuitas e estão prevendo que todos os concertos sejam transmitidos pela televisão, pelo rádio ou pela internet.
Em substituição ao evento em julho, foi criada uma programação batizada de Festival de Campos do Jordão em Casa que foi transmitida pela TV Cultura e a Rádio Cultura apresentando 17 gravações feitas ao longo da história do evento, com atrações que incluiram concertos da Osesp e da Orquestra do Festival.
Na área pedagógica, não foi prevista nenhuma ação digital para 2020. Segundo Fabio Zanon, coordenador artístico e pedagógico do evento, chegou a ser discutida uma edição virtual, que acabou abandonada. “Mas precisamos levar em conta que Campos é um festival de excelência. Isso passa pela seleção de alunos e também pela escolha de grandes professores. Além disso, o festival é uma academia orquestral e levamos também em consideração que muitos dos nossos bolsistas têm problemas de conexão com a internet. Sem contar que estaríamos usando a marca do festival, ligada à cidade de Campos do Jordão, para algo que teria pouco impacto dentro da economia da cidade.”
Ainda segundo Zanon, experiências como a realização do Festival de Música em Casa, que reuniu milhares de alunos de forma remota no início de julho, “mostram que há espaço para projetos de maior alcance”. “Atentos a isso, pretendemos criar condições tecnológicas para realizar webinários e classes públicas pela internet, estamos discutindo isso e pretendemos já ter alguma ação montada para janeiro de 2021.”
O festival, é gerido pela Fundação Osesp, e prevê a presença de 230 bolsistas e de 70 professores em um total de 1,6 mil horas de aulas. Duas novidades são o retorno da classe de composição e a criação de um curso específico para big bands.
A Fundação Osesp também anunciou alguns detalhes da programação de concertos. A Orquestra do Festival será regida pelos maestros Alexander Shelley e Neil Thomson; a Camerata do Festival vai trabalhar com Emmanuele Baldini, Claudio Cruz e Luis Otávio Santos; e a Osesp será regida em três concertos por Thierry Fischer, com sinfonias de Beethoven e obras de compositores brasileiros.
Também está sendo planejado um festival de piano, com nomes da nova geração que, segundo o diretor artístico Arthur Nestrovski, nunca estiveram no Brasil. “É um momento ingrato de agendas e está demorando mais do que gostaríamos para ter algumas confirmações que gostaríamos”, diz ele.
Com a volta da programação pedagógica para Campos do Jordão, foi retomada pelo governo a ideia de construção de um conservatório na cidade. “O nosso objetivo era ter novidades nesse sentido ainda em 2020, mas com a necessidade de readequação de verbas provocada pela pandemia, tivemos que adiar este plano”, diz Sérgio Sá Leitão. A expectativa, segundo ele, é de que o projeto saia do papel em 2021 ou em 2022.
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