Patrimônio Cultural Brasileiro é Destruído Todos os Dias
Para além do Incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro
O que fazemos com o nosso patrimônio material ou imaterial?
Recentemente mais de 20 milhões de itens num acervo de antropologia e história natural do país que ME PERTENCE foi dizimado. Muitas peças do acervo eram exemplares únicos – de esqueletos de dinossauros a múmias egípcias, passando por milhares de utensílios produzidos por civilizações ameríndias durante a era pré-colombiana.
O fóssil humano mais antigo encontrado no Brasil, batizado de Luzia, o primeiro dinossauro de grande porte a ser montado no Brasil e uma das mais importantes coleções paleontológicas da América Latina, totalizando 56 mil exemplares e 18,9 mil registros. Tudo isso virou cinzas em pouco mais de 6 horas de um incêndio que poderia ser evitado.
Poderia ter sido evitado caso nós, brasileiros, não negligenciássemos medidas básicas de planejamento, segurança.
Infelizmente só colocamos a tranca depois que o previsível acontece.
Mais do que medidas de segurança é necessário que nossos patrimônios espalhados em todo o território nacional em pequenos, médios e grandes museus sejam de fato reconhecidos. Precisamos levar nossas crianças aos museus e acabar com essa história de que Quem gosta de Museu é coisa velha ou imprestável. Quem gosta de museu é gente inteligente, que está preocupada com educação básica de qualquer cidadão em seu país.
Museus não são casas antigas que guardam objetos sem significado.
Museus hoje podem ser interativos e interessantes, lugares onde além de histórias muita atividade pode e deve acontecer.
O pequeno acervo em uma casa no seu município PRECISA ser valorizado e reconhecido pela sua comunidade.
E além do patrimônio material é preciso que a gente conheça também nossos patrimônios imateriais.
Acabamos de ter o reconhecimento da literatura de cordel! Como esta manifestação temos tantas outras carentes de reconhecimento em todo o Brasil. Conhecer as manifestações culturais na sua cidade pode ser um “pulo do gato” para fortalecer o turismo e como consequência disso gerar ocupação e renda e provocar desenvolvimento.
O Museu Nacional só provocou a discussão. Mas daqui a alguns meses tudo isso vai cair no esquecimento porque infelizmente somos um povo com memória muito curta. Nossas tradições – que fazem de nós um povo alegre, amistoso, pacífico (até demais) – não são valorizadas.
Nossa história recente ou passada nunca é levada em consideração quer para decisões importantes quer para educar nossos pequenos.
O Museu Nacional vai ficar na história do país após duzentos anos de trabalho incessante e abnegado de centenas de pesquisadores que estiveram em seus salões e laboratórios. Mas não estará nas políticas públicas se não cobrarmos insistentemente tanto de nossos governantes como de nossas comunidades. Políticas públicas se constróem com a comunidade organizada e com gestores públicos de fato interessados.
Que tal se vc começar a provocar o seu prefeito ou secretário de cultura para implantar o Sistema Municipal de Cultura?
Tem uns links na descrição deste vídeo que podem te ajudar nisso!
O que perdemos e que estava no Museu Nacional
SISTEMA BRASILEIRO DE MUSEUS
▶ http://www.museus.gov.br/sistemas/sistema-brasileiro-de-museus/
SISTEMA NACIONAL DE CULTURA – Cartilha para municípios
▶ http://www.cultura.gov.br/documents/10907/963783/cartilha_web.pdf/8cbf3dae-0baf-4a30-88af-231bd3c5cd6e
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